Em tempos onde os jogos apostam tudo em mapas imensos e liberdade total, o mundo aberto em Mafia: The Old Country chama atenção justamente pela ausência.
O novo capítulo da franquia da Hangar 13 não oferece uma cidade inteira para ser explorada a qualquer momento, e sim uma história conduzida com precisão.
Uma decisão que pode parecer ousada, mas que sinaliza uma possível mudança de paradigma: será que os jogadores estão cansando do mundo aberto?
A saturação do mundo aberto em jogos atuais
A estrutura de mundo aberto se tornou uma expectativa padrão para muitos títulos AAA.
Mas o que antes era liberdade, hoje muitas vezes virou excesso de informação, falta de foco e cansaço narrativo.
Jogadores reclamam da repetição, das side quests genéricas e da sensação de “jogar por obrigação”.
E cada novo lançamento parece tentar ser maior que o anterior, mas nem sempre melhor.
Como Mafia: The Old Country aborda o mundo aberto
Diferente dos jogos anteriores da franquia, The Old Country não oferece um mundo aberto tradicional.
Ambientado na Sicília do início do século XX, o jogo aposta em missões lineares, ritmo narrativo controlado e foco na imersão emocional.
A proposta é clara: contar uma história forte, sem dispersões.
“Não é sobre ir para onde quiser. É sobre sentir cada passo da jornada”, diz a Hangar 13 em entrevistas recentes.
Mundo aberto em Mafia: The Old Country — escolha ou limitação?
É importante destacar que a ausência de um mundo aberto aqui não é uma limitação técnica, mas uma escolha de design.
A equipe criativa optou por uma narrativa mais contida, brutal e cinematográfica, focada no protagonista Enzo Favara.
Essa decisão abre espaço para:
- Diálogos mais densos
- Cenas roteirizadas impactantes
- Momentos de silêncio com intenção estética
- Uma trilha sonora que acompanha a jornada, não apenas preenche
O impacto da ausência de mundo aberto em Mafia: The Old Country
A falta de mundo aberto em The Old Country influencia diretamente:
- O ritmo da história: cada missão tem peso, não é “só mais uma”.
- A ambientação: cada cenário é tratado como uma pintura narrativa, não como um mapa gigante genérico.
- A experiência emocional: o jogador não se perde entre objetivos paralelos, mas se aprofunda na jornada principal.
Isso resgata algo que muitos jogos têm deixado de lado: a força do essencial. O público está aceitando a falta de mundo aberto?
Sim — e com entusiasmo.
Segundo uma pesquisa publicada no Push Square, 64% dos jogadores disseram estar satisfeitos que Mafia: The Old Country não será um jogo de mundo aberto.
Esse dado mostra que o público está disposto a abrir mão da exploração se for recompensado com narrativa intensa e direção bem definida.
Conclusão
Em vez de mais um sandbox lotado de distrações, Mafia: The Old Country oferece uma história viva, com alma e direção.
A decisão de abandonar o mundo aberto pode ser o diferencial que tornará esse título marcante.
E talvez isso diga algo maior sobre os tempos em que vivemos:
não é sobre ter todas as rotas possíveis, mas sobre escolher um caminho e percorrê-lo com verdade.
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